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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Plectros de um Egrégio Tetro Umbrático: Para Mais Ninguém - X

Para Mais Ninguém.jpg

            X

 

"PARA MAIS NINGUÉM"

 

Este é para ti,

Para mais ninguém!

Da exclusividade do amor

Nasce e cresce a Flor Oculta,

De sentido único,

No ritual da posse conjunta

E absolutamente partilhada.

 

Tudo por um bem

Que se expressa em comunhão,

Como nós,

Como se fossemos raízes, caule,

Folhas e flor

Que ninguém vê,

Mas que apenas os dois apreciamos

Com clara nitidez,

Pois ambos vivemos da necessidade

Imperiosa, prioritária e

Magnífica de lhe cheirar a fragrância,

Que tresanda a amor e união.

 

Viver assim,

Na sombra plácida dessa imensa flor,

É ser feliz,

Seja eu, sejas tu, sejamos nós.

A felicidade é um segredo bem guardado

No íntimo das nossas almas,

Feitas novo ser e existir.

 

Fora do nosso amor

As gentes nem reparam

Que existimos em conjunto

E que somos um só.

Por isso, mulher em que me completo,

Este é para ti, para mais ninguém!

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Plectros de um Egrégio Tetro Umbrático: Em Pleno - IX

Em Pleno.jpg

     IX

 

"EM PLENO"

 

Não sei, não quero saber

E tenho raiva a quem sabe,

Diz o povo em seu saber

Confiante do que sabe.

Não sei o que vou fazer.

Esta dor em mim não cabe…

Não sei se é preciso sofrer,

Mas sei o que é desespero,

Não sei como vou acabar,

Só sei que não posso amar,

Só não sei como odiar…

Já nem me interessa saber!

 

Na vida que me rodeia

Diz-se que sobreviver

É melhor do que sorrir,

Mas se a mosca cai na teia

 Não terá para onde ir.

A presa de uma alcateia

Não tem motivos para rir.

 

Afinal, o que me importa

É agir e estar em paz

Com a minha consciência.

Sem sentir, a alma é morta.

Eu tenho de ser capaz

De ser mais do que ciência,

De ter coração e alma,

Seja numa pandemia,

Ou na dor que vira azia,

Eu preciso é de ter calma…

 

Não sei, não quero saber e tenho raiva a quem sabe!

Mas sinto, quero sentir e ter em mim sentimento,

Pois vivo e quero viver, em pleno, cada momento!

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Plectros de um Egrégio Tetro Umbrático: Os Mandamentos da Mulher - VIII

(Pela Conversa dos Homens)

Os Mandamentos da Mulher.jpg

              VIII

 

"OS MANDAMENTOS DA MULHER"

(Pela conversa dos homens)

 

Sorrir,

Sem ser preciso;

Iludir

Qualquer juízo;

Pedir

Com muita submissão;

 

Servi-lo,

Porque é preciso;

Sentir

Dor sem ter motivo;

Consentir

Sem aversão;

 

Despir-se

Para ser servida;

Cumprir

Para toda a vida;

Permitir

Sem dizer não;

Fazer

Tudo sem razão!

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Plectros de um Egrégio Tetro Umbrático: Os Mandamentos do Homem - VII

(Pela boca das Mulheres)

Os Mandamentos do Homem.jpg

              VII

 

"MANDAMENTOS DO HOMEM"

(Pela boca das mulheres)

 

Sustentar

A bem-amada;

Suspeitar

De toda a gente;

Andar

Por tudo ou nada à porrada;

 

Ostentar

Para ser diferente;

Mandar

Vir sem ter razão;

Ordenar

Sem decisão;

Comandar

Sem ter patente;

 

Lambuzar-se

Nas mulheres, qual garanhão;

Matar

Por gosto demente;

Fazer

Tudo e querer perdão!

 

Gil Saraiva

 

 

 

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