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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Desvarios em Sol-Posto - Oração dos Partidos - III

Oração dos Partidos.jpg

              III

 

"ORAÇÃO DOS PARTIDOS"

 

CDS - Pai nosso ficai no Céu

PPM - Venha a nós o Vosso Reino

PSD - Seja feita a nossa vontade

 

CHEGA - Para mim na Terra que se dane o Céu

 

PCP - O pão Vosso de cada dia nos dai hoje

BE - Perdoai-nos as nossas ofensas

IL- Assim como não perdoamos a quem nos tem ofendido

 

PS - Não nos deixeis cair em tentação

 

PAN - E dai-nos o animal

Verdes - Ámen!

Joacine Catar Moreira: “- Então e eu?”

 

Gil Saraiva

 

Nota: Adaptação do Pai Nosso da Igreja (CAR).

 

 

 

Livro de Poesia - Desvarios em Sol-Posto - Quem É Ela? - II

Quem É Ela.jpg

         II

 

"QUEM É ELA?"

 

Senhora do seu nariz...

Rainha do mundo inteiro...

Dos governos a raiz,

Pelos povos paradeiro...

 

Cor de castanha dourada,

Macia, suave ao tato,

No formato variada,

Moldável, foto, retrato,

Imagem da criação!...

 

Serena, fruto fecundo,

Espalhada pelo mundo,

Em qualquer parte, no chão

Ou num parque, pela rua,

Tão completamente nua

Sem tabus ou sem receio

Descansando no passeio!

 

Amiga de toda a gente...

Ecologia em pessoa...

Ela é tão simplesmente?

 

"- Merda pura e da boa!"

 

Gil Saraiva

 

Nota: O poema deve ler-se de seguida exceto o último verso, esperar as respostas de quem ouve e depois ser concluído. Seguidamente, depois de todos se rirem, deve repetir-se o poema seguido até ao fim, para que se absorva totalmente o encaixe da resposta final no poema.

 

 

 

Livro de Poesia - Desvarios em Sol-Posto - Tributo de Aguarela - I

Tributo de Aguarela.JPG

               I

 

“TRIBUTO DE AGUARELA”

        (a Toquinho)

 

Se um diário eu puder

Transformar num caramelo

E assim que quiser

Desfazê-lo com um cutelo…

 

Para escrever imaginação

Ou um poema à chuva

Eu preciso saber

O que sente, espremida, uma uva…

 

Se há alguém que minta

Para o meu coração eu sinto o fel,

A dor, de sexta a quinta,

Uma imensa derrota escrita em papel,

Desprezando

A minha harmonia deste meu paul,

Dessa estrela, que brilhando,

Desta minha alma esconde o azul…

Vivo para ela

Porque me entregando

Sinto na minha vida o Norte e o Sul…

 

E aos sonhos vou pedindo

Desejos de vida e de oxalá

Onde agora tudo é lindo

Porque a sinto eu agora cá…

Quero acreditar nesses lábios rindo,

Olhar sorrindo,

Porque de ti mulher

Não vem coisa má…

 

Posso ser quem eu quiser,

Com empenho te dou a minha vida.

Sou teu homem, teu, mulher…

Sou um lar, nunca a saída,

Ser teu espaço no espaço

E chamá-lo de nosso mundo…

Ser a seta, ser o traço,

Que na alma chega ao fundo…

 

Se um sonho vira mina

De água, em nascente de futuro,

Porque a sonhar a mente

Ultrapassa vala, parede, muro ou mar…

 

E sem muro a cidade

Continua a aumentar

Procura a felicidade

Que quer vir a alcançar…

Meu amor avança

Como ela, querida,

Tu és minha vida

Só eu te quero amar…

 

És minha rocha, meu jade,

Joia minha, no alto a brilhar…

O princípio da saudade

Que mais não pode aumentar.

 

Menina linda e bela, nessa janela,

Uma aguarela

À beira jardim.

Ela me amará

Só porque me ama a mim…

 

E quero eu ser um caramelo

Que ela degustará,

Ser seu rei ou castelo

Feito de amor e de orixá

E que ela amará

Por instantes, um segundo

Tão imenso como o mundo

E que ela adorará…

 

Gil Saraiva

 

Nota: Letra para a Banda de garagem “Rock Spot Alive” (anos 80).

 

 

 

Livro de Poesia - Desvarios em Sol-Posto - Introdução

Capa Desvarios.JPG

Introdução

 

Os “Desvarios em Sol-Posto” fecham a trilogia dos poemas marginais. Sendo que marginais aqui, no presente contexto, são todos aqueles versos que não se enquadram diretamente nos normais parâmetros de qualidade, de um poeta que se queira afirmar como tal, no meio cultural em que se encontra inserido. São coisas para ficar na gaveta do esquecimento, lembranças juvenis de tempos idos ou meros desabafos que nunca chegaram a merecer, por parte de quem os escreve, um verdadeiro apelido de poesia.

Tendo a presente trilogia sido iniciada com o livro “Divagações Quase Líricas”, a que se seguiu um outro intitulado “Devaneios de Estros Imémores”, é com estes “Desvarios em Sol-Posto” que esta pequena saga divergente se concretiza por fim. Sendo que a grande maioria dos textos foram criados como letras para músicas de bandas, trovadores, baladeiros ou fadistas, o seu conteúdo gira em torno das temáticas escolhidas por aqueles que as apresentavam em palco.

Para quem se deu ao trabalho de seguir este livro, ou até a acompanhar toda a trilogia, é importante o conhecimento dos porquês que à mesma deram origem. De todos eles apenas as letras para a banda “Iris” vingaram.

 

Gil Saraiva

 

Observação: Os poemas deste livro foram criados entre 1968 e 2020.

 

 

 

 

 

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