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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra: Melopeias - II

Melopeias.jpg            II

 

"MELOPEIAS"

 

Melopeias róridas entre armila e umbra

Melodias recitadas de estros perdidos,

Húmidas orvalhadas sentidas na penumbra

Das palavras soltas aos nossos ouvidos,

De um anel de ferro escondido na bruma

De um caso de amor, de brilho e comoção,

Qual barca sentida que perdida ruma,

Sem destino certo e sem direção,

Até na maré atracar na espuma

De um cais escondido pelo por-do-sol.

 

Rimas de paixão que tu não soletras,

Por não entenderes o piar das aves.

Atrás da luz que combina as letras,

Dedicando à Lua chilreares suaves,

Canta as melopeias, à noite, o rouxinol,

Não usa palavras que rimem com tretas.

No jardim dos termos gira o girassol,

Não ingere gorduras, nem tem colesterol.

 

Vem manhã de orvalho, húmida, sensual,

Despertar o mundo para um novo dia,

Zumbem as abelhas, cala-se o chacal,

E ouve-se no campo agora a cotovia,

Porque na natura é mais que normal

O silêncio dar lugar sentado à poesia.

 

Melopeias canta o senhor da bruma,

Não masca tabaco, nem usa cachimbos,

Mas desenha armilas no fumo que fuma,

Um rei sem paços, vagabundo dos limbos.

Melopeias róridas entre armila e umbra

Melodias recitadas de estros perdidos,

Húmidas orvalhadas sentidas na penumbra

São palavras soltas aos nossos ouvidos…

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra: Apenas - I

Apenas.jpg         I

 

“APENAS”

 

Quotidianamente,

Sempre que me ausento

Levo-te no coração, no pensamento.

É algo fixo, firme, permanente,

Não me importa o que faz a outra gente,

Apenas tu e eu, só nós os dois,

Sem pensarmos no amanhã ou no depois.

Apenas importa o nosso amor!

Sem ele sou vácuo, sou vazio.

Apenas importa esse sabor,

No beijo, que me aparta do frio!

Podes contar a quem quiseres,

Mas ninguém precisa de saber.

Para mim estará bem o que fizeres

Se por amor o fores tu fazer.

Podes gritar os teus sentimentos

Ou escondê-los no escuro,

Nos segredos,

Não me importa se vagueiam pelos ventos,

Desde que assim mos dês,

Sem quaisquer medos.


Apenas importa a nossa vida!

Sem ela sou vácuo, sou vazio.

Apenas importa amar, querida,

No amor, que nos aparta o frio!

 

Se alguém existir no infinito

E olhar, de tão longe, o horizonte,

Poderá escutar este meu grito,

Ver nossa paixão em qualquer fonte.

Porque este amor, amor, não é um mito,

Mas o pilar mais forte desta ponte

Onde, de um lado, tu és a minha margem

E, do outro, eu sou a borda de água,

Qual forja de ferreiro, intensa frágua,

Pois que entre nós os dois

Sentir é rio e amar… passagem.

 

Quotidianamente,

Sempre que me ausento

Levo-te no coração, no pensamento.

É algo fixo, firme, permanente,

Não me importa o que faz a outra gente,

Apenas tu e eu, só nós os dois,

Sem pensarmos no amanhã ou no depois.

 

Apenas importa o que este, nós, quiser!

Sem ele sou vácuo, sou vazio.

Apenas importa seres mulher,

Do homem, que te aparta do frio!

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra - Introdução

Capa Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra.jpgIntrodução

Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra é um livro criado na humidade existente entre o brilho e a sombra de um hino, que se declama por entre o anel usado na criação da esfera celeste, que divide, entre o verde e o vermelho, a bandeira nacional. Poderia antes dizer, procurando uma explicação mais singular, que são “Melodias Recitadas por Entre o Húmido Sombrio de uma Aliança Inimitável” ou, apenas, “Trovas de um Amor Luso”. São versos de um amor em tempos sombrios onde, enquanto poeta, procuro, como toda a gente, a esperança infinita da descoberta da alma gémea, numa aliança capaz de unir dois seres múltiplos e diversos, na mágica fusão humedecida de um amor uno e indivisível. Enfim, são versos de amor para um amor que se deseja real, sem laivos de impossível, sem fábulas perdidas nas lareiras dos antigos casarios da serra, rodeados de sombras e sortilégios, por entre a superstição das gentes, que as contam pelo passar do boca-a-boca, desde tempos já esquecidos neste tempo. Afinal, tudo é bem simples e pode ser condensado em três palavras: Poemas de Amor.

 

Gil Saraiva

 

 

 

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