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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

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Livro de Poesia - Desvarios em Sol-Posto - Tributo de Aguarela - I

Tributo de Aguarela.JPG

               I

 

“TRIBUTO DE AGUARELA”

        (a Toquinho)

 

Se um diário eu puder

Transformar num caramelo

E assim que quiser

Desfazê-lo com um cutelo…

 

Para escrever imaginação

Ou um poema à chuva

Eu preciso saber

O que sente, espremida, uma uva…

 

Se há alguém que minta

Para o meu coração eu sinto o fel,

A dor, de sexta a quinta,

Uma imensa derrota escrita em papel,

Desprezando

A minha harmonia deste meu paul,

Dessa estrela, que brilhando,

Desta minha alma esconde o azul…

Vivo para ela

Porque me entregando

Sinto na minha vida o Norte e o Sul…

 

E aos sonhos vou pedindo

Desejos de vida e de oxalá

Onde agora tudo é lindo

Porque a sinto eu agora cá…

Quero acreditar nesses lábios rindo,

Olhar sorrindo,

Porque de ti mulher

Não vem coisa má…

 

Posso ser quem eu quiser,

Com empenho te dou a minha vida.

Sou teu homem, teu, mulher…

Sou um lar, nunca a saída,

Ser teu espaço no espaço

E chamá-lo de nosso mundo…

Ser a seta, ser o traço,

Que na alma chega ao fundo…

 

Se um sonho vira mina

De água, em nascente de futuro,

Porque a sonhar a mente

Ultrapassa vala, parede, muro ou mar…

 

E sem muro a cidade

Continua a aumentar

Procura a felicidade

Que quer vir a alcançar…

Meu amor avança

Como ela, querida,

Tu és minha vida

Só eu te quero amar…

 

És minha rocha, meu jade,

Joia minha, no alto a brilhar…

O princípio da saudade

Que mais não pode aumentar.

 

Menina linda e bela, nessa janela,

Uma aguarela

À beira jardim.

Ela me amará

Só porque me ama a mim…

 

E quero eu ser um caramelo

Que ela degustará,

Ser seu rei ou castelo

Feito de amor e de orixá

E que ela amará

Por instantes, um segundo

Tão imenso como o mundo

E que ela adorará…

 

Gil Saraiva

 

Nota: Letra para a Banda de garagem “Rock Spot Alive” (anos 80).

 

 

 

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