Livro de Poesia - Divagações Quase Líricas - Fado Portugal em Três Cantos - XVII - Canto Primeiro - De Amália a Camané - I
XVII
I
"FADO PORTUGAL EM TRÊS CANTOS"
Canto Primeiro
“De Amália a Camané”
Se Amália ao Fado deu
A pose, a figura, a voz,
Ao partir permaneceu
Inspiração para nós.
Do Fado foi diva enorme
E o Fado retribuiu,
Pois que o Fado nunca dorme,
O Fado não se extinguiu…
O Fado é choro de um Povo,
Canta da Alma seu mal,
Seja velho, seja novo,
O Fado é Portugal!!!
Carlos do Carmo, Mariza,
Mais Mísia ou Marceneiro,
Qualquer Fado nos avisa
Que vida é água em ribeiro…
Diamante ou madressilva,
Com dor, saudade, censura,
Sátira de Hermínia Silva,
O Fado é dor na Loucura.
O Fado é choro de um Povo,
Canta da Alma seu mal,
Seja velho, seja novo,
O Fado é Portugal!!!
Dulce Pontes, Ana Moura,
E até Fernando Farinha,
Servem de pá e vassoura
De um sofrer que se adivinha…
Carminho e Camané
Cantam amor, sofrimento,
Cantam como o Povo é,
Cantam todo o seu lamento.
O Fado é choro de um Povo,
Canta da Alma seu mal,
Seja velho, seja novo,
O Fado é Portugal!
Gil Saraiva
Nota: Trilogia de Fados criada para o meu amigo fadista “Zé de Angola”