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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

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Livro de Poesia - Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra: A Solidão - V

A Solidão.jpg             V

 

"A SOLIDÃO"

 

Vagabundo da noite, entre sombras escuras,

Não reconheço a dor desta solidão,

Talvez porque sem luz não vejo amarguras,

Talvez porque isolado não sinto a paixão.

A bruma e o silêncio não são formas puras,

E a Lua por ser Nova é uma ilusão.

Se é escassa a liberdade pelas ditaduras,

Mais parco é o que sinto no meu coração.

 

A solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói.

 

E eu não sei como vou estar,

Quando um novo dia for nascer,

O que me irá, então, mostrar

Um espelho que me possa ver?

Ah! Este círculo viciado já não tem mais fim,

Eu quero a aurora para mim!

Procuro respostas,

Não de saudade em rodapé ou solidão.

 

Que a solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói.

 

Logo à noite, mais uma vez, tudo será igual,

Não sei há quanto tempo dura a monotonia

Não quero ser um fantasma assim transcendental

Na vida eu procuro descobrir minha alegria,

Quero ser um ser simples e não fenomenal.

Não pode a minha vida virar conto ou fantasia,

Preciso da velha rotina, assim habitual,

Não quero ir para a mesa como carne fria…

 

Quero ter uma companheira,

Sentir suores sem haver calor,

E não ter medo de asneira

Que seja feita apenas por amor.

 

Um qualquer sonho se não for sonhado

Só vai saber a algo requentado.

Tudo é inútil e não faz qualquer sentido assim,

Na vida que vivemos, se não formos um par

Pelo caminho a baixo, caminhando…

Assim, rumo ao destino que queremos,

Na senda intensa da paixão,

Sem a saudade ou a solidão.

 

Que a solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói.

 

Vem, por favor, dizer que me amas,

Que agora me procuras perdidamente pelas camas,

Que queres ter a vida aqui, junto de mim e eu de ti,

Porque somos um fogo que não perde as chamas.

 

A solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói.

 

Não quero mais andar contidamente sem o teu amor,

Vagabundo da noite, não!

Já basta de sentir a dor,

Preciso do Sol a nascer na escuridão

E acabar por fim a solidão.

 

Que a solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói.

 

Vagabundo da noite, entre sombras escuras,

Não reconheço a dor desta solidão,

Talvez porque sem luz não vejo amarguras,

Talvez porque isolado não sinto a paixão.

 

Que a solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói.

 

Não quero mais andar

Perdidamente sem o teu amor,

Vagabundo da noite, não!

Já basta de sentir a dor,

Preciso do Sol a nascer na escuridão

E acabar por fim a solidão.

 

Que a solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói.

 

Quero ser um ser simples e não fenomenal.

Não pode a minha vida virar conto ou fantasia,

Preciso da velha rotina, assim habitual,

Não quero ir para a mesa como carne fria…

 

A bruma e o silêncio não são formas puras,

E a Lua por ser Nova é uma ilusão,

Se é escassa a liberdade pelas ditaduras,

Mais parco é o que sinto no meu coração.

 

Que a solidão assim já doi,

É água mole em pedra que me mói!

 

Gil Saraiva

 

 

 

 

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