Livro de Poesia - Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra: Dia dos Namorados - VII
VII
"DIA DOS NAMORADOS"
Hoje voltou o Sol e nem um pingo,
Mantendo assim, a seco, o problema.
Num país que já está em seca extrema,
Ontem choveu demais e foi domingo,
É dia de ficarmos acordados
De festejar o sermos namorados.
Mas por onde andas tu, meu grande amor?
Porque não estás aqui ao pé de mim?
Não há quem, com paixão, te queira assim,
Como eu te quero, joia, aroma, flor.
Dia dos namorados já tem hora,
A catorze do mês de fevereiro
Não será para março, nem janeiro
Foi o mês de se amar como é agora.
Hoje é dia, amor, dos namorados,
Não há como ficarmos separados.
Não podes ter esquecido o sentimento,
O frenesim de amar, com que loucura,
Sonhos de dia e noite, de ternura,
A pele na pele gerando o movimento…
Eu não esqueci o toque, tão suave,
Dos teus dedos perdidos no meu peito.
Vem querida, vem! Vem-te que é perfeito…
Tu és a fechadura, eu tenho a chave.
Não há como ficarmos separados,
Hoje é dia, amor, dos namorados!
Ontem choveu demais e foi domingo,
Num país que já está em seca extrema,
Mantendo assim, a seco, o problema
Hoje voltou o Sol e nem um pingo.
Rega meu coração, amor, bastante,
Que o teu amor por mim é refrescante.
Encantados? Talvez… se namorados…
Gil Saraiva