Livro de Poesia - Os Anexins de um Vate Sólito: Desafio - XV
XV
"DESAFIO"
Voltar, como bonança em tempestade,
A teus braços, que imploram meus defeitos
Como se fossem atos imperfeitos
Sem importância ou mera imparidade,
Porque este teu amor tem, na verdade,
O saber desculpar, sem despeitos,
Meus atos, minha ação, meus preconceitos,
Sem que isso seja agir por caridade,
Pode até fazer sentido, em si,
Mas não deixa de ser um disparate.
Nem me peças que tal coisa eu acate,
Pois sou tudo o que eu fui ou fiz por ti.
O teu perdão não muda o meu feitio,
Amar-me assim… este é teu desafio!
Gil Saraiva