Livro de Poesia - Sintra-me: XLIV - Corcel Haragano
XLIV
“CORCEL HARAGANO”
Quando os braços abriste para mim
E me deste teu meigo e doce colo,
Não sei eu se segui o protocolo,
Muito bem me senti, agora, assim
Entre teus braços, no abraço sem fim,
Junto ao teu peito meigo em que me enrolo,
Por esse teu carinho um novo Apolo
Me fizeste sentir. Um folhetim
Daqueles de cordel, com muito mel,
Apaixonado e vivo uma vez mais.
Quando os braços abriste fui jamais,
Fui mais que garanhão, eu fui corcel.
Cavalgando por ti, fui haragano,
No abrir dos teus braços… oceano!
Gil Saraiva