Livro de Poesia - O Donaire do Proterótipo Ordinário: Balada da Vampira - Mais Que Tudo - XV
XV
"BALADA DA VAMPIRA – MAIS QUE TUDO”
(Para cantar com a música de “Os Vampiros” de Zeca Afonso)
Nesse teu rosto,
Cerrado escudo,
Ou nesse olhar
De desamparada,
Sinto o Sol posto,
Vem no beijo mudo
Procurando amar,
Não sentindo nada.
Quem ateia a cama
É teu ser veludo
De mulher em chama
Que quer ser amada.
Tu és mais que tudo,
Tu és mais que tudo
Tu és mais que tudo
E eu não sou nada!
Tu és obra de arte,
Perfeita, demais,
Vives na beleza
De seres obra prima.
Abrem guerra a Marte
Os pobres mortais,
Querem a certeza
De ter tua estima.
Quem ateia a cama
É teu ser veludo
De mulher em chama
Que quer ser amada.
Tu és mais que tudo,
Tu és mais que tudo
Tu és mais que tudo
E eu não sou nada!
Tu és o segredo,
Vens de tempo idos,
De lendas e mitos
És moura encantada.
Nunca tenhas medo
Dos dias perdidos,
Porque, entre mil gritos,
Tu és voz amada!
Quem ateia a cama
É teu ser veludo
De mulher em chama
Que quer ser amada.
Tu és mais que tudo,
Tu és mais que tudo
Tu és mais que tudo
E eu não sou nada!
Quem ateia a cama
É teu ser veludo
De mulher em chama
Que quer ser amada.
Tu és mais que tudo,
Tu és mais que tudo
Tu és mais que tudo
E eu não sou nada!
Gil Saraiva
Nota: Letra para a Banda de bairro “Ecos da Cidade” (últimos 20 anos).