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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

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Livro de Poesia - Gota de Lágrima: Gota de Lágrima - I

Capa Gota de Lágrima.jpg

Nota do Autor:

 

                 I

 

“GOTA DE LÁGRIMA”

 

Pelo teu rosto se desenha, em movimento,

A lágrima que cai, neste momento…

 

E, se olhares para mim, não me vês chorar.

Jamais conseguirias, pois não sabes

Sequer onde ou como procurar…

Porque a gota de lágrima que choro,

É por dentro, entre a alma e o coração,

Que desce, que resvala, que ecoa,

Por não saberes o quanto eu te adoro,

Nas cavernas das saudades do meu ego

A onde a tua lágrima ocupa um oceano,

Por onde tristemente eu navego…

 

Vem, ama-me mesmo que por engano,

Vem, ó gota de lágrima que adoro,

Junta-te à lágrima que eu, agora, choro…

 

Gil Saraiva

 

Observação: Os poemas deste livro foram criados entre 2003 e 2008

 

Livro de Poesia: O Próximo Homem (Segunda Edição) - Cai o Medo - IX

Cai o Medo.jpg

      IX

 

"CAI O MEDO"

 

Cai o medo na cidade
E chamam-lhe noite.

Porém,
O Sol sorri ao Povo intimidado,
Mas para os que tremem
No calor
O eclipse aparente não existe
Pois, pura e simplesmente
Já estão cegos...

E para todos eles
As Trevas são reais...


Cegos de medo,
Sedentos de conforto e segurança,
Amantes do estável e do firme
Porque nada mais há de tão hipnótico...

Eles:
Cegos, sedentos e amantes,
São os condutores
Da noite eterna...

"- O Sol só queima o corpo,
Eu nunca o vi brilhar
Na minha alma..."

Parecem dizer as bocas mudas,
Fechadas na noite,
Cariadas de vontade própria...

Cai o medo na cidade
E chamam-lhe silêncio...

Ninguém ouve, ali, agora,
Os gritos dos amordaçados,
Calados pelo estômago,
Apagados no marasmo da noite
E do silêncio...

Cai o medo na cidade
Mas ninguém, ninguém,
Mesmo ninguém
O parece sentir...

No fundo
Todos somos autistas,
Na noite e no silêncio,
Do vil quotidiano...

O medo não vem no dicionário
É mero gene transmitido...

"- Antes sobreviver do que viver..."

Pensamos todos nós
Sem repararmos
Que o nosso pensamento é viciado...

Somos filhos da noite
E do silêncio...

Cai silenciosa a noite na cidade
E ninguém,
Mesmo ninguém repara
Pois só caiu de noite
E em silêncio...

 

Gil Saraiva

 

 

 

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