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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia: Portaló - Parte II - Portaló - II - O Refúgio

O Refúgio.JPG

         II

 

“O REFÚGIO”

 

Venham visitar o refúgio

Dos poetas, criadores,

Dos amantes, pensadores,

Sem subterfúgio

Entrar com amor,

Vir sentir a paz

E a harmonia,

Num descanso tão consolador

Seja no pôr-do-sol

Ou no raiar do dia…

 

É aqui que escrevo

Eu estas linhas,

É aqui que estou

Eu deslumbrado,

Tentando colocar nas entrelinhas

O quanto aqui me sinto

Apaixonado…

O Portaló tem um manto de magia,

Algo me faz sentir

Enfeitiçado,

Como se num cerne de alegria

Fosse possível tocar

A nostalgia,

Sem ficar triste ou angustiado.

 

Beijar a saudade

Que já sinto deste lugar

Onde a realidade

É lagrima de mar

Em felicidade.

 

Aqui, neste refúgio, não estou só,

Aqui me sinto amado

E desejado,

Aqui, neste hotel de Portaló,

Nem penso no futuro,

Esqueço o passado,

Me sinto tão seguro

E só penso em pecado.

 

Anda amor, vem, vamos amar,

Dançar o dentro e fora,

Com loucura,

Adoro ouvir-te em êxtase gritar:

“- No refúgio, amor, mete mais.

Ah! Está tão dura.”

 

Gil Saraiva

 

* Parte I I - Portaló ou o Sortilégio do Paraíso

 

Livro de Poesia - Paradigmas do Meu Ego: Um Copo - VIII

Um Copo.jpg

    VIII

 

"UM COPO"

 

Um copo de cerveja

E um cigarro...

E a música apalpando toda a gente...

 

Um copo de cerveja

E um cigarro...

E gente sentindo o corpo quente...

 

Um corpo que deseja

E mais um charro...

E o álcool subindo calmamente...

 

Um corpo que deseja

E o mais que agarro...

E outro corpo aquecendo lentamente...

 

Um litro se despeja,

Zarpa o carro...

E o leito se aproxima ardentemente...

 

Um litro se despeja,

Zarpa o carro...

E zarpa o sangue no corpo da gente...

 

Um fogo que se inveja,

Coze o barro…

E… unindo dois corpos fortemente:

 

É movimento,

Ritmo, ternura,

É febre,

Suspiros e loucura;

É infinito

Num tempo finito,

No segundo louco da expansão...

 

Um grito se solta

E é bizarro...

É suor, saliva e sucos de emoção...

 

Um grito se solta,

Coze o barro

No exato momento da fusão!...

 

É já... ainda não...

E mais... agora!...

É vem... amor...

É dia dos sentidos,

É noite, ardor,

É dentro e fora,

É grito que se quebra em mil gemidos!...

 

Gil Saraiva

 

 

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