Livro de Poesia: Portaló - Parte II - Portaló - II - O Refúgio
II
“O REFÚGIO”
Venham visitar o refúgio
Dos poetas, criadores,
Dos amantes, pensadores,
Sem subterfúgio
Entrar com amor,
Vir sentir a paz
E a harmonia,
Num descanso tão consolador
Seja no pôr-do-sol
Ou no raiar do dia…
É aqui que escrevo
Eu estas linhas,
É aqui que estou
Eu deslumbrado,
Tentando colocar nas entrelinhas
O quanto aqui me sinto
Apaixonado…
O Portaló tem um manto de magia,
Algo me faz sentir
Enfeitiçado,
Como se num cerne de alegria
Fosse possível tocar
A nostalgia,
Sem ficar triste ou angustiado.
Beijar a saudade
Que já sinto deste lugar
Onde a realidade
É lagrima de mar
Em felicidade.
Aqui, neste refúgio, não estou só,
Aqui me sinto amado
E desejado,
Aqui, neste hotel de Portaló,
Nem penso no futuro,
Esqueço o passado,
Me sinto tão seguro
E só penso em pecado.
Anda amor, vem, vamos amar,
Dançar o dentro e fora,
Com loucura,
Adoro ouvir-te em êxtase gritar:
“- No refúgio, amor, mete mais.
Ah! Está tão dura.”
Gil Saraiva
* Parte I I - Portaló ou o Sortilégio do Paraíso