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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Estrigas do Dilúculo dos Lamentos: Vós - XX

Vós.jpg

 XX

 

"VÓS"

 

Vós ó mulher, amiga ou namorada;

Vós ó vida, na qual existe alguém;

Vós ó beleza, em vós simbolizada;

Vós ó terna menina, meiga mãe;

 

Vós que sois nada mais que um simples nada;

Vós procurais o quê? Procurais quem,

Por entre a multidão, de madrugada?

Que desejais de mim, ó seres do além?

 

Vós sois carnes sedentas de desejo...

Vós sois cardos, nos homens, entrançados...

Vós ó arte pintada em azulejo,

 

Vós ó fonte da vida, dos pecados,

Que mais quereis de mim, neste momento,

Se a vós eu entreguei já meu talento?...

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Sortilégio Tropical: O Teu Natal - XXV

(entre cá e lá...)

O Teu Natal.jpg

       XXV

 

"O TEU NATAL"

 

Hoje é Natal, Natal na minha vida.

Tocam os sinos p’la minha alma fora...

E em cada canto do meu ser, agora,

Tudo vibra sem conta nem medida!...

 

É Natal! É Natal porque é nascida,

Do ventre desse Amor, a nova aurora,

Filha de nós os dois, pequena amora,

Fruto de louca noite, sem dormida...

 

Hoje é Natal! O teu Natal Diana!

E em lágrimas de riso choro amor...

Hoje é Natal, é vida feita flor...

 

Tem a minha alma nova soberana.

Temos os dois o bem mais desejado:

A Taça da Vitória, um El Dourado...

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia: Achas de um Vagabundo - Introdução

Achas para um Vagabundo.jpg

Introdução

Decorria o ano de 2003, já lá vai um longo tempo, quando este livro foi pela primeira vez alinhavado. Nem todos os poemas aqui incluídos datam exatamente dessa altura exata, alguns deles tiveram origem nos primeiros anos do terceiro milénio, não porque essa mudança fosse a mais importante, nada disso, apenas porque coincidiu com o meu primeiro divórcio, depois de um casamento de 17 anos, uma filha, um filho e uma vivência ímpar e indescritível na história deste que vos escreve.

Foram anos muito felizes na minha vida, feitos de grandes vitórias, momentos amargos, lutas titânicas e episódios de paixão deveras arrebatadores. Porém, se o amor se extingue de um dos lados do casal, e passa, quase sem se dar por isso, a apelidar de rotina ou status quo, é sinal de que algo chegou ao fim, por muito que uma das partes não o considere.

A nova batalha, nos anos seguintes, gerou uma enorme revolução dentro de mim. De súbito, sem estar preparado, tinha de reaprender a viver sozinho, era necessário mudar de terra, de trabalho, de vida enfim. Tudo para conseguir sobreviver com a sanidade o mais intacta possível, sem estar sempre a recordar o que, ao tempo, não precisava mesmo de ser relembrado, para que o meu ego evitasse cair em depressão ou até em algo mais sinistro. Era necessária uma dose de otimismo, de bom humor e da procura de um novo rumo. Foi o que fiz.

Gil Saraiva

Livro de Poesia - O Próximo Homem II: Hino à Mulher

Hino à Mulher.jpg

I

 

"HINO À MULHER"

 

No mundo existe um ser, quase irreal,

Ao qual foi dado o nome de Mulher...

 

E é tão bonito ouvir dizer Mulher...

 

Mulher

Ou o berço mais perfeito,

Mais subtil,

A fonte de toda a Humanidade,

Aquela luz que brilha

Dia e noite

A todos quantos lhe chamaram

Mãe!

 

E é tão bonito ouvir dizer Mulher...

Mulher,

Nogueira que os anos reduziram

A mobília de luxo, estilizada,

De porte antigo,

Austero e imortal;

Ou em mesa de sala,

Gasta, enegrecida,

Onde outras gerações contam segredos

Aos nós ou aos ouvidos da

Avó...

 

E é tão bonito ouvir dizer Mulher...

 

Mulher

Ou vida que cresceu e que floriu

Sob o olhar da águia e do falcão;

Até que ganhou asas... liberdade;

Até olhar pra trás e num sorriso

Dizer que já foi nossa a nossa

Filha!

 

E é tão bonito ouvir dizer Mulher...

 

Mulher

Ou alma ou coração; tão terno... tão piedoso...

O cofre-forte, o banco da saudade,

A gema cristalina em mais pureza,

O símbolo mais casto da justiça,

O sinónimo exato para um

Anjo!

 

E é tão bonito ouvir dizer Mulher...

 

Mulher

Ou espada reluzente, tão certeira,

Tantas vezes fria que foi neve,

Mordaz, esperta, vingativa,

Uma artimanha feita de truques,

Trevas e tristezas, refletindo no espelho

Lucifer!

 

E é tão bonito ouvir dizer Mulher...

 

Mulher

Ou miragem de outros Tempos neste Tempo;

A gota de água que ao cair deleita

A terra que a recebe saciada;

A estrela mais notável porque bela,

O termo mais correto p’ra

Beleza...

 

E é tão bonito ouvir dizer Mulher...

 

Mulher,

Tambor, apocalipse de emoções,

Ritmo frenético dos homens, o gosto,

Aquele sabor a sal tão doce...

Os dias que nem têm uma hora

Pra quem olha pra ti e grita: "Amor";

Pra quem nasce pra ti e quem, um dia,

Já dentro do teu corpo diz

Mulher!

 

E tu

Simplesmente sorris,

Porque é bonito ouvir dizer

Mulher...

 

No mundo existe um ser quase irreal...

 

Gil Saraiva

Livro de Poesia - Quimeras de Quimera II: Dor Suprema

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"DOR SUPREMA"

 

Tu, que dentro de ti alimentaste:

A única, no mundo, maravilha;

A única, no mar, sagrada ilha...

Singela, linda e pura, em contraste

 

Com as restantes ilhas pra que olhaste...

Só tu sabes, como eu, que já não brilha

Dentro desse teu ventre a nossa filha,

Que tanto, tempos antes, desejaste.

 

Só tu provas, como eu, o amargo gosto...

Só tu, pra além de mim, tens dor suprema,

De não ter visto esse choroso rosto

 

Da criança nascendo sem problema...

Só tu vives, como eu, o aqui exposto...

Só tu e eu sentimos o poema!

 

Gil Saraiva

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