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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Díscolas de Runim Iaiá: Jamais - XXII

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  XXII

 

"JAMAIS"

 

Não! Jamais! Nunca eu vou poder olhar

Esses teus olhos raros de cristal

Que devagar, cristalizando o mal,

Só buscam o prazer em se vingar!

 

Não! Jamais os teus lábios vou beijar,

Porque te sinto frio, glacial,

Completamente hermético e fatal,

Apenas me tentando magoar!

 

Tu olhas p’la janela e nada vês.

Pensas em amar só por seres amado.

Tens as perguntas, não tens os porquês.

 

Só procuras viver e saciado

Só fazes o que alguém também já fez;

Só queres esperar, por seres esperado!

 

Ariana Telles

 

 

 

Livro de Poesia - Sussurros da Alma: Jamais - X

Jamais.jpg

       X

 

"JAMAIS"

 

Sentir um amor estando ele ausente...

Olhar para quem não posso ver...

Beijar uns lábios que não sinto...

Falar contigo no presente,

Com muito amor,

Apaixonadamente,

Sem a tua presença eu poder ter:

 

É sonhar, sabendo eu o que perdi,

É chorar solidão, é estar sem ti...

 

Sonhos,

Que me escondem o sofrer

Se nunca eu, jamais,

Os for viver...

 

Gil Saraiva

 

 

Livro de Poesia - Gota de Lágrima: Gota de Lágrima - I

Capa Gota de Lágrima.jpg

Nota do Autor:

 

                 I

 

“GOTA DE LÁGRIMA”

 

Pelo teu rosto se desenha, em movimento,

A lágrima que cai, neste momento…

 

E, se olhares para mim, não me vês chorar.

Jamais conseguirias, pois não sabes

Sequer onde ou como procurar…

Porque a gota de lágrima que choro,

É por dentro, entre a alma e o coração,

Que desce, que resvala, que ecoa,

Por não saberes o quanto eu te adoro,

Nas cavernas das saudades do meu ego

A onde a tua lágrima ocupa um oceano,

Por onde tristemente eu navego…

 

Vem, ama-me mesmo que por engano,

Vem, ó gota de lágrima que adoro,

Junta-te à lágrima que eu, agora, choro…

 

Gil Saraiva

 

Observação: Os poemas deste livro foram criados entre 2003 e 2008

 

Livro de Poesia: Portaló - Parte II - Portaló - X - Os Chalés

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        X

 

“OS CHALÉS”

 

Como peças de um grande dominó

Os chalés vestem a encosta

Do Morro de S. Paulo: É Portaló…

 

Se do Pessoa eu vejo bem o porto

Nos outros se tem igual conforto…

 

Temos Zélia Gatai, Voltaire

E Jorge Amado,

José de Alencar, Júlio Verne,

José Saramago…

Temos Marguerite Duras

E emoções

Seja em Machado de Assis,

Luís de Camões,

Nas aventuras

De Alexandre Dumas,

Joaquim Ubaldo Ribeiro

Ou Eça de Queirós

Por entre as brumas…

 

Castro Alves tem também telheiro,

E nem os miseráveis são refugo

Pois que aqui tem também,

Seu chalé, o Vítor Hugo…

 

Todos estes chalés de Portaló,

Têm nomes de escritores imortais,

Porque a ilha inspira e trás à mó

Os mais férteis e profícuos cereais,

Que depois de moídos e tratados

Geram um mosto, quando combinados

Com extratos de estros especiais.

 

Aqui amor eu escrevo entre chalés,

O que sou, o que amo, como te adoro,

Aqui eu te descrevo como és,

Por ti eu grito, riu, gozo e choro.

Aqui a fantasia é mais real,

Nestas cabanas na mata integradas,

Chalés atlânticos, casinhas enquadradas,

Num ambiente perfeito e natural.

 

Jamais aqui me ouvirás pedir socorro,

Vamos ficar por cá, para sempre, querida,

Tu que és a felicidade desta minha vida

Fica comigo para sempre neste morro.

 

Gil Saraiva

 

* Parte I I - Portaló ou o Sortilégio do Paraíso

Livro de Poesia: Portaló - Parte I - Paisagens - VIII -Morro de S. Paulo

Morro de São Paulo.JPG

 

                  VIII

 

“MORRO DE S. PAULO”

 

Ao olhar

Ressalta já o Morro de S. Paulo;

Ao recordar

Um morro de reis, de glórias

E de escravos;

Morro de histórias,

Fantasmas e de bravos;

Morro de saudade,

No tempo perdido,

Onde um minuto vale a eternidade,

Onde cada segundo tem sentido…

 

Aqui, no Morro de S. Paulo,

Das águas feitas de cristal,

Se elevando

O sonho ganha corpo, rosto, forma,

É natural…

 

E o sorriso vai edificando,

Em cada instante,

Uma outra plataforma,

Feita de natureza cativante

Como que esculpindo nova Atenas…

 

Mais do que bonito

O Morro de S. Paulo

É belo apenas!

 

Aqui,

De mãos dadas, passeamos

O nosso amor

E ele sorri, enquanto andamos,

Ao Sol e ao calor,

Por entre as lojas

Como que para nós engalanadas,

Por entre ruas estreitas,

Calcetadas,

Onde se vendem,

Quase às toneladas,

Recordações,

Que um dia,

Empoeiradas,

Nos despertam a saudade,

A nostalgia,

Dos olhares trocados naquele morro.

Objetos, símbolos, na verdade,

Do amor vivido, da alegria,

De quem dentro de ti

Não quis socorro…

 

No Morro de S. Paulo fui feliz,

Fomos amor rubro,

Intenso, enlouquecido…

Que ali se cimentou, criou raiz,

Que jamais por nós será esquecido…

 

Gil Saraiva

 

* Parte I - Paisagens ou o Sortilégio da Paixão

Livro de Poesia: Achas de um Vagabundo - Quem...

Quem.jpg

"QUEM..."

 

Quem

Tem na esperança

O sussurrar cálido das marés?

 

Quem

Encontra no próprio reflexo a alegria

De vivo se sentir com confiança?

 

Quem

Procura sempre um amor

Sem temer ou mesmo desistir...?

 

Quem

Sabe que o impossível apenas demora

Mais tempo?

 

Quem

Sente o nascer do Sol

No crepúsculo insustentável da madrugada?

 

Quem

Jura que a palavra é só uma,

E uma apenas?

 

Um só alguém!...

E esse quem

Não tem o que temer,

Por que tremer,

Pois brilha mais alto,

Mais forte e mais além...!

 

E luta, como luta mais ninguém,

Mesmo na mais temível escuridão,

Acabando por encontrar, por conquistar,

E por sorrir, enfim, ao ver no espelho

A imagem refletora de um futuro

Que em cada segundo se torna presente...!

Que em cada impresente renasce em saudade!...

 

Assim...

Todos saberão conhecer o tal de quem,

Que no sussurrar ameno das marés,

Completará um próximo devir,

Com a forma simples de um sorrir...

 

Mas será realmente que esse quem,

Com a imatemática clareza dos sentidos,

Sente, o amor, sem incerteza?

Mesmo sem temer ou desistir?

Talvez...

 

Quantos ou quantas acharão sinais

E por engano se julgarão escolhidos?

Só quem acreditar que jamais

A ilógica absurda, de um tão grande amor,

Poderia servir de engodo vil

Ganhará a glória terminal!

 

E esse alguém terá...

No sussurrar cálido das marés,

Na alegria de vivo se sentir,

Na procura impossível sem temer,

No crepúsculo insustentável da madrugada,

No brilho mais alto, mais forte, mais além,

Na busca perdida pelos Limbos,

E na mais temível escuridão,

A taça da vitória conquistada,

A certeza de saber que o quem

É ele ou ela e mais ninguém!

 

Para mim,

Apenas importa esse meu quem!

E espero meu amor, querida, meu bem,

Que a taça seja eu e ela tua,

Tal como o infinito é mais além,

Tal como da Terra satélite é a Lua...

 

E só assim,

Por fim,

Na forma de um sorriso, feito belo,

O meu quem se refletirá da cara nua,

Por provir simples, franco, singelo,

Desse amado rosto, dessa face tua!

 

Gil Saraiva

Livro de Poesia - Quimeras de Quimera II: Incerteza

Incerteza.jpg

"INCERTEZA"

 

Eu não fui... jamais disse... nunca eu vim,

Na cruel incerteza de um futuro,

Dizer que te acuso ou te censuro,

Pelo nosso horizonte ir ter um fim!...

 

Eu não fui tudo aquilo que há em mim;

Eu fui, já mesmo até, por demais duro;

Quem sabe se não fui talvez obscuro

Como uma personagem-folhetim?!...

 

Mas não vejo eu teus olhos celestiais

O brilho que o amor obriga a ter?

Não! Incerteza... não! Eu quero mais...

 

Eu quero ser amado e poder crer

Que não nos separamos, pois jamais

Podemos separados nós viver!...

 

Gil Saraiva

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