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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - A Exoração do Postremo: À Pena Livre - II

À Pena Livre.jpg

       II

 

"À PENA LIVRE"

 

Escrevo,

Sem pensar,

À pena livre,

Porque é bom viver em liberdade,

Porque se alguém,

Um dia,

Numa gaiola prender uma andorinha,

Não conseguirá, contudo,

Reter a primavera!

 

Escrevo,

Escrevo sem pensar,

À pena livre,

Porém, se alguém as minhas letras,

Um dia, quiser ler,

Num livro cujo autor tenha de mim o nome,

Não ficará feliz,

Pois publicar não posso…

 

Faltam-me as cunhas ou as notas,

Que não as letras e os poemas,

As histórias, os relatos e as crónicas,

Os contos, as legendas, os romances,

Para os ou as pensar

Em liberdade!

 

Porque eu escrevo,

À pena livre,

Voando pelos ares imaginários

Dos sentidos,

Esses, que têm o defeito

De nos dizer, enfim,

Que efetivamente

Estamos acordados,

Mas de pena presa,

Na nossa condição comunitária!

Pensava eu

Eu escrevia à pena livre,

Livre é, na verdade,

A minha pena,

Essa de não conseguir publicar

Em liberdade!

 

Mas eu escrevo,

Sem pensar,

À pena livre,

Porque é bom viver em liberdade

E guardo nas gavetas da memória

O que, um dia, quis dizer aos outros,

Sem que me prendesse a sociedade!

 

De qualquer modo

Eu escrevo,

Sem pensar,

À pena livre!

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Díscolas de Runim Iaiá: Poesia Livre - VII

Poesia Livre.jpg

        VII

 

"POESIA LIVRE"

 

A vós, que me escutais, eu vim pedir:

Libertem, de uma vez, a Poesia!

Não a deixem viver na agonia

De uma masmorra em Alcácer-Quibir

 

Ou de uma rima feita sem sentir...

Libertem... Que é divina e é bravia,

E se a métrica usar é por mania

Porque foi feita apenas p'ra servir.

 

Libertem, de uma vez, a forma pura!

Dela fazemos eco dos sentidos

E com ela, ao cantar, somos ouvidos

 

Desde o nascer do Sol à noite escura.

Se é de muitos de nós a melodia,

Então, tem de ser livre a Poesia!

 

Ariana Telles

 

 

 

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