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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Ântumos Implexos dos Airados: Loucura de Mulher - XVII (Último)

Loucura de Mulher.jpg                     XVII

 

“LOUCURA DE MULHER”

 

Pelos cabelos,

De um maduro trigo,

Um rosto nasce simples, divinal.

E perco-me na obra,

Sem igual,

Por apanhar um sorriso doce,

Singelo, diria mesmo amigo,

Rindo como quem ri para consigo,

Nessa boca de beijos, sensual.

 

Erguem-se uns seios hirtos, naturais.

Move-se o tronco

Sem notar o perigo

Que um ser-se assim

Provoca noutro ser que o observe,

Mesmo que de passagem

E que fique assim retido na paisagem.

 

O caminhar faz os homens volver,

Olhar para trás

Para confirmar,

Como quem viu

E não quer crer,

Como quem pensa

Que está a imaginar.

 

Ancas perfeitas,

Ventre de morrer,

Mulher de sonho assim é,

Por ventura,

O sonho de um homem,

Na loucura!

 

Podes ser tu essa mulher,

Não precisas de ser um ser perfeito.

Podes ser magra, gorda, linda ou vulgar

Que o que importa mesmo é como o meu olhar

Te vê na loucura do que sou e do que sinto!

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Díscolas de Runim Iaiá: A Última Loucura - XVI

A Última Loucura.jpg

           XVI

 

“A ÚLTIMA LOUCURA” 

 

Meu Deus! Será que desta vez sarei?

Durante tantos dias tão doente

Na cama, no hospital, ou fria ou quente,

E tantas dores no corpo. Já nem sei!

 

Mas? Será mesmo noite ou eu ceguei?

Por onde anda metida toda a gente?

Que cama tão pequena e está dif’rente.

Ah! Esquecer não vou como acordei!

 

Mas… tábuas? Tábuas me cercando o leito?

E o que é isto? Flores no meu peito?

E o que faço de roupa acetinada?

 

Meu Deus! Isto é um sonho ou é loucura?

E enquanto sucumbia apavorada

Conhecia o terror na sepultura!

 

Ariana Telles

 

 

 

Livro de Poesia: Portaló - Parte II - Portaló - II - O Refúgio

O Refúgio.JPG

         II

 

“O REFÚGIO”

 

Venham visitar o refúgio

Dos poetas, criadores,

Dos amantes, pensadores,

Sem subterfúgio

Entrar com amor,

Vir sentir a paz

E a harmonia,

Num descanso tão consolador

Seja no pôr-do-sol

Ou no raiar do dia…

 

É aqui que escrevo

Eu estas linhas,

É aqui que estou

Eu deslumbrado,

Tentando colocar nas entrelinhas

O quanto aqui me sinto

Apaixonado…

O Portaló tem um manto de magia,

Algo me faz sentir

Enfeitiçado,

Como se num cerne de alegria

Fosse possível tocar

A nostalgia,

Sem ficar triste ou angustiado.

 

Beijar a saudade

Que já sinto deste lugar

Onde a realidade

É lagrima de mar

Em felicidade.

 

Aqui, neste refúgio, não estou só,

Aqui me sinto amado

E desejado,

Aqui, neste hotel de Portaló,

Nem penso no futuro,

Esqueço o passado,

Me sinto tão seguro

E só penso em pecado.

 

Anda amor, vem, vamos amar,

Dançar o dentro e fora,

Com loucura,

Adoro ouvir-te em êxtase gritar:

“- No refúgio, amor, mete mais.

Ah! Está tão dura.”

 

Gil Saraiva

 

* Parte I I - Portaló ou o Sortilégio do Paraíso

 

Livro de Poesia: O Próximo Homem II - Na Estupidez de um Poeta

Na Estupidez de um Poeta.jpg

 

"NA ESTUPIDEZ DE UM POETA"

 

Na estupidez de um poeta

O âmago é o sonho... a periferia: a realidade,

A verdade é a morte, a loucura: o amor.

 

Na estupidez de um poeta

A vida é uma questão sem resposta:

Até quando?

 

Na estupidez de um poeta

O bonito foge à moda,

O medíocre devia sê-lo,

A razão é relativa e a mulher: absoluta.

 

Na estupidez de um poeta

Há duas opções na vida:

O egocentrismo e o idiotismo

Mas qualquer dos dois é feliz.

 

Na estupidez de um poeta

O riso é cínico e a guerra não.

E se o saber não ocupa lugar

Para quê haver problemas?

 

Na estupidez de um poeta

A política existe, a poluição existe,

A ameaça nuclear existe,

Porque toda a merda é orgânica!

 

Na estupidez de um poeta

A existência é sádica, o Homem: masoquista,

E o pensamento é a fusão dos dois...

 

Gil Saraiva

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