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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Díscolas de Runim Iaiá: A Discoteca - XXX

A Discoteca.jpg

       XXX

 

"A DISCOTECA"

 

Ali, a música enche-me os ouvidos,

Esta bebida sobe-me à cabeça

E as lâmpadas piscando tão depressa,

Por entre sombras, cores e ruídos,

 

Acabam confundindo os meus sentidos

Na escuridão que vai e que regressa.

Era assim, já faz tempo, qual promessa,

Entre suspiros, gritos e gemidos,

 

Parte do divertir, das alegrias,

Desse meu tempo antigo de selvagem,

Do meu mulher-menina de passagem

 

Para a mulher adulta… sem fobias.

A discoteca está, hoje, fechada

Como eu, p’la pandemia, confinada.

 

Ariana Telles

 

 

 

Livro de Poesia: Portaló - Parte II - Portaló - IV - Mil Amores

Mil Amores.JPG

 

         IV

 

“MIL AMORES”

 

No ar, o som das aves é vida,

É luz que brilha atrevida,

É música, é alegria

Cantada, como por magia,

Em tom de felicidade

Com força, com garra, com vontade…

 

Pelas calçadas e valados

De um cinza feito de matizes,

Onde desponta, aqui e ali, a cor da terra,

Pelos arbustos salpicados

Entre o verde das copas

E o amarelo das raízes,

Por entre tons do morro

Que lembram a serra,

Pelo verde, da erva, tão garrido,

Pelas pétalas que o tornam colorido,

Por toda a parte, enfim,

Pairam aromas mil

De mil e uma flores,

Pairam partes de mim

Enfeitiçado pelo estio primaveril,

Por Portaló,

Por mil amores…

 

Mil amores de ti amada minha,

Tu que ao existires,

Me dás sentido,

Tu que me fazes rei,

Por seres rainha,

De mil amores contados

Ao ouvido…

 

Por ti eu sou alguém,

Dentro de ti, vassalo e rei,

Senhor da Bruma, e mais além

Serei

De tudo o que, por ti,

Eu conquistei.

Chamas-me e me invades

Em fervores,

Que, vindos de ti,

São mil amores…

 

Gil Saraiva

 

* Parte I I - Portaló ou o Sortilégio do Paraíso

Livro de Poesia: Achas de um Vagabundo - Um poema...

Um Poema.jpg

"UM POEMA"

 

Um poema

Nada tem de silencioso,

Mágico ou natural,

É sim um grito mudo

Do amago de quem escreve

Para a essência de quem lê...

 

Se for ouvido é música divina,

É arte,

É voz...

 

Mas se na valeta

Do esquecimento ele cair

Então…

O poeta morreu uma vez mais,

Mas não sem antes sofrer muito

Para além do suportável

Pelo comum dos mortais...

 

Quantos de nós,

Muito além desse sentido,

A que chamamos de audição,

Escutamos realmente o grito mudo?

 

Quantos de nós ouvimos

No marasmo do nosso quotidiano

Um só poema?

 

"-Depende..."

Dirão os mais sensíveis...

"-Eu acho que sim!"

Afirmarão os convencidos

Pelas lições que a vida

Lhes foi dando...

"-Eu escuto..."

Dirás tu

Com medo da tua própria voz...

 

Um poema

Nada tem de silencioso,

Mágico ou natural,

É sim um grito mudo

Do amago de quem escreve

Para a essência de quem lê...

 

Gil Saraiva

Livro de Poesia: Achas de um Vagabundo - Música

Música.jpg

"MÚSICA"

 

A música tem o espaço invadido

De ternas melodias...

 

No bar,

A tela sem som,

Transmite ilusões

De novelas sem fim...

 

A cena,

Com contornes de virtualidade,

Faz-me ver-te ali...

Do outro lado do bar,

Na penumbra das luzes

Em perpétua difusão...

 

Ali...

Nessas formas

Desse corpo que sonho;

Nas margens desse teu cabelo,

Onde os meus dedos anseiam

Perder-se um dia mais...

 

Procuro,

Com ânsia adolescente,

O teu olhar,

Profundo...

Oculto...

Magnífico...

E sinto-o no sorriso

Desses lábios

Que Mona Lisa invejaria ter...

 

Porque não falas?

A espera

É como um incêndio de floresta...

Consome tudo em seu redor...

Devora o íntimo do ser e...

Mesmo assim...

É divino o prazer

Da ansiedade...

 

A música

Tem o espaço invadido

Do teu ser...

E a tela,

Sem som,

O sorriso mudo dos teus olhos!

 

A cena faz-me imaginar

Contornes de impossível...

E na penumbra das luzes

O sonho aparenta

Um perpétuo devir...

 

Gil Saraiva

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