Livro de Poesia - Os Anexins de um Vate Sólito: O Sonho do Idealista - XXXVI
XXXVI
"O SONHO DO IDEALISTA"
A cor suave de uma pele macia,
A sombra assim tão leve do pudor,
Uns olhos vivos, rindo por amor,
Por cima de um sorriso que sorria,
A tudo isso eu sei que pertencia.
Uns seios que, no peito, davam cor
Ao ar que se respira no calor,
Onde esta minha alma se aquecia.
Uns gestos meigos, postura divinal,
Cintura, ancas, coxas, um assombro
De cabelos descendo até ao ombro.
Um corpo de mulher, um ideal.
Eu sei que esta beleza, jamais vista,
Foi sonhada por um idealista.
Gil Saraiva