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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Os Anexins de um Vate Sólito: Quando o Teu Olhar Vier à Rua - XLIII

Quando o Teu Olhar Vier à Rua.jpg                                  XLIII

 

"QUANDO O TEU OLHAR VIER À RUA"

 

Aqui, no coração, tenho um abismo.

Não sinto, em mim, o eco dos sentidos.

Não escuto mensagens, sem ouvidos.

Estou no limiar de um cataclismo.

 

Rejeito ser votado ao ostracismo.

Recuso que não oiçam meus pedidos.

Meus olhos, mesmo assim envelhecidos,

Ainda enxergam bem o egoísmo.

 

Porque me abandonaste, amada minha?

Diz que mal te fiz eu e em que dia.

Vá, diz-me porquê? Vá, sem nostalgia,

 

Que o peixe já comido perdeu espinha!

Ah! Quando o teu olhar vier à rua,

Não se verá chegar que é nova a Lua.

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia - Díscolas de Runim Iaiá: Um Olhar - X

Um Olhar.jpg

       X

 

"UM OLHAR"

 

Acaba esse olhar de em mim poisar.

O seu olhar que toda me analisa.

Um olhar curioso, de pesquisa,

Que, procurando o bom ou o ruim,

 

Tenta encontrar o entendimento, enfim,

Da minha personagem indecisa,

Não traduzida em fórmula concisa

E mesmo sem sequer ter um fim.

 

O seu olhar que vem, sem pedir nada,

Busca carinho, quer compreensão,

Talvez procure amor e porque não

 

Correspondência viva, apaixonada.

O seu olhar profundo é pensamento…

Um olhar no qual anseio alento!

 

Ariana Telles

 

 

 

Livro de Poesia - Gota de Lágrima: Ela - II

Ela.jpg

    II

 

"ELA..."

 

Ela

Não podia estar ali...

 

Talvez...

Nos confins do pensamento,

Longe de tudo...

Não de todos!...

Um rosto jovem no sorrir...

 

Um rosto,

Com raios de Sol

Caindo nos ombros,

Em cabelos de um ouro

Que brilha no escuro...

 

O azul do mar

Repousando nas pálpebras,

De uns olhos castanhos

Que brilham também...

 

Um doce poente

Poisado nos lábios,

De uma boca que arde

E cheira a pecado...

 

Um luar de prata

Em seu meigo rosto,

De uma Lua Cheia

Que ilumina a serra...

 

Os traços de Vénus

Moldados num corpo,

Que Gaia quis tão fértil

Como sensual...

 

O entardecer

Descendo no ventre,

Qual crepúsculo

Anunciando a plenitude...

 

O sabor a sal

Colando-lhe as coxas,

Húmidas de ansiedade,

De ante prazer...

 

O toque da seda

Envolvendo os seios,

Tentando esconder

A derme perfeita...

 

O amor perdido

Em seu terno olhar,

Que busca, sedento,

Outro olhar igual...

 

E um ar de oásis

Cobrindo-lhe a pele,

Qual neblina ténue

Desejando Sol...

 

Ela...

Não podia estar ali...

 

Talvez...

Perto de alguém,

Imaginário ninguém,

A quem espera,

Um dia,

Vir a encontrar!...

 

Ela

Não podia estar ali...!

 

Não!...

Não existe tal paisagem,

Pois as quimeras

Nunca são reais!

 

Mas...

Se por força

De acasos impensáveis,

A paisagem

Não for mera miragem...

 

Se o ocaso

Realmente for poente

Que chega ante meus olhos

Suspensos na exceção,

Então... então...

 

Então tudo eu dou

Pela paisagem!...

O que sou,

O que fui

E o que serei,

O que tenho

E o que possa vir a ter...

Tudo!...

 

Porque tudo é pouco

Se puder na paisagem

Meu ser eu colocar...

Num canto,

Ali...

Mas enquadrado...

 

Ela

Não podia estar ali...

 

 Gil Saraiva

Livro de Poesia: Portaló - Parte II - Portaló - III - Paisagem e Paisagens

Paisagem.JPG

                      III

 

“PAISAGEM E PAISAGENS”

 

Do ocre das fachadas

Das acomodações e dos chalés

Imagens de cor ficam gravadas,

Se destacam os detalhes, lés-a-lés,

Das madeiras, dos alçados,

Das varandas,

Passadeiras, caminhos, cordas bambas,

Delimitando espaços e picados…

 

São os chalés, por fora, salpicados

De espreguiçadeiras inovando

Ora repouso ameno,

Ora pecados,

Que cabe a cada um ir desvendando…

 

Tudo se vira ao porto, ao mar

E a Valença,

Ponto continental no horizonte,

Que a noite, ao cair, faz revelar

Do outro lado da água, bem de fronte,

Pelas luzes, as formas e a presença

Que olhando podemos vislumbrar…

 

É neste contexto que te chamo

De sonho, de alma, de paixão,

É nesta paisagem que te amo,

Na relva, na varanda, no colchão…

Perco-me em teu olhar

E sou feliz,

Feliz por te sentir,

Por te tocar,

Por saber que amanhã

Vou acordar

Com tua fragrância em meu nariz…

 

Mas mais do que esta ilha

Deslumbrante,

Inventada para amores intensos,

Vivos,

Tu és, amor, hoje e doravante

A paisagem de meus passos

Ainda conjuntivos…

Mas em montes e vales me quero perder,

Nas tuas paisagens vou viver,

Sem precisar de outros atrativos…

São paisagens reais que amo e friso

Só porque adoro estar no paraíso…

 

Gil Saraiva

 

* Parte I I - Portaló ou o Sortilégio do Paraíso

Livro de Poesia - Quimeras de Quimera II: Acorda

Acorda.jpg

"ACORDA"

 

Para um amor sentir, estando ele ausente,

E olhar eu para quem não posso ver,

Para uns lábios beijar, sem deles saber,

E para estar contigo no presente,

 

Com muito amor, apaixonadamente,

Sem a tua presença eu poder ter:

Eu fecho os olhos... sinto-me mover...

E quando volto a olhar, na minha frente,

 

Reconheço essa imagem sempre bela,

As formas desse corpo em que me deito,

O sorriso da boca mais singela,

 

Os olhos desse tom, lindo, perfeito...

E sinto-te alegre e me falando:

- Acorda, Amor, acorda, estás sonhando!...

 

Gil Saraiva

 

 

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