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"A ORAÇÃO DO DRUIDA"
Ó Elementais Deuses do Mundo Conciliar
A vós peço refúgio e amparo
Contra a peste do coronavírus,
Esse bicho que não é planta ou mineral,
Procariota ou animal!
À Deusa Terra, heroica Epona,
a quem no Mediterrâneo
Chamam Gaia, que me dá raízes,
À Deusa Água, Sulis ou Sul, que me mata a sede
E me cura dos males incuráveis,
Ao Deus Fogo, do Sol, grande Belenus,
Que me dá coragem e alumia o meu caminho,
À Deusa do Ar, a Deusa mãe, Dea Matrona,
Deusa a quem também chamamos Vento,
Que me permita respirar e sentir paz,
A todos vós, eu peço o Sortilégio Último
Que me proteja de vírus e doenças,
De maus olhados, da vil inveja,
Dos ruins, dos impuros e das crenças
De quem o mal me quer,
Por pouco que seja.
Aos elementais deuses peço agora
Bem-estar, alegria e fortuna,
Que o vermelho fogo seja o sangue
Que em mim mora,
E me faça forte e não exangue,
Que a roxa luz da neblina púrpura,
Venha já, de imediato e sem demora,
Enxotar dores e sofrimento do meu eu,
E que o duro caminho que é o meu
Seja firme, abençoado e protegido,
Pela flor chamada Cravo, resguardado,
Sem mágoas de dor ou de ofendido.
Que os Deuses escutem o Druida,
E tragam prosperidade
E excitação pelo futuro,
Que acesa a citronela abata o muro
Afastando qualquer negatividade.
Que a papoila me faça feliz,
Bem-humorado e satisfeito,
Senhor de mim, da bruma,
Um ser mais perfeito.
Por este Sortilégio se deseja
Que tudo seja suave como espuma,
Que tudo para sempre
Assim seja!
Gil Saraiva
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III
"ORAÇÃO DOS PARTIDOS"
CDS - Pai nosso ficai no Céu
PPM - Venha a nós o Vosso Reino
PSD - Seja feita a nossa vontade
CHEGA - Para mim na Terra que se dane o Céu
PCP - O pão Vosso de cada dia nos dai hoje
BE - Perdoai-nos as nossas ofensas
IL- Assim como não perdoamos a quem nos tem ofendido
PS - Não nos deixeis cair em tentação
PAN - E dai-nos o animal
Verdes - Ámen!
Joacine Catar Moreira: “- Então e eu?”
Gil Saraiva
Nota: Adaptação do Pai Nosso da Igreja (CAR).
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IV
“ORAÇÃO”
(REZAR, AMAR, MATAR...)
OH! Deuses do Mundo Antigo,
Ancestrais Protetores do Homem,
Escutai a Oração do Bom Destino
Fazendo de mim um vosso amigo.
Antes que forças do mal me tomem,
Antes que eu entre em desatino,
Antes que em corpo de homem
Vire menino.
Ó Elementais Deuses do Planeta,
A Vós eu peço proteção e amparo,
À Terra que me dê raízes,
Eu peço a força do Cometa,
A precisão robusta do disparo,
O saber, que vem de Vós, juízes.
Da Água, quero a força do mais forte,
Do Fogo, a ousadia e a coragem.
Ao sopro, ao vento, ao Ar,
Suplico, enfim, por ter um Norte
Nesta vida que vivo de passagem
E onde apenas quero eu rezar.
Pedir, pelo direito de poder amar.
A Vós Elementais Deuses deste mundo,
Eu rezo pelo justo direito que à Paz
Temos todos nós, bem lá no fundo.
Se Vós quiserdes eu serei capaz,
De cumprir sortilégios num segundo,
Protegei-me dos males que vida traz,
HIV, Gripe das Aves ou Antraz…
Não quero eu maus olhados ou inveja,
Que busco por fortuna e bem-estar,
Que a vela vermelha me proteja,
Que depois de rezar eu possa amar.
Ah! Deuses, que meu sangue vire a cera,
Que arde no Vosso Divino Altar,
Sete pedras de sal e me façam forte,
Que roxa vela me ajude a superar
Dores, sofrimentos e má sorte
No meu duro caminho, nesta vida,
Procurando, firme e protegido, de vencida
Poder vencer o mal, vencer a morte!
Pela fragrância do cravo
Venha um futuro
De propriedade, riso, excitação,
Que a citronela acidifique o muro
De qualquer queixa, dor,
Lamentação.
A Vós, Elementais Deus das Verdades,
Eu rogo contra o negativo não,
Que o aroma a ópio traga claridades,
Mantendo feliz e hirto, em qualquer chão,
O meu ser, orando por matar saudades,
Ao implorar, rezar, amar, nesta oração.
Líder de mim, a alma satisfeita,
Se entrega ao mais alto Orixá,
Enquanto meu corpo se deleita,
Com Vossa Divina ajuda de oxalá.
Para que assim seja, porque assim será!
Gil Saraiva
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"AMANHÃ"
A manhã passou
Pela minha pele
O radioso sorriso
Do seu Sol...
A dançar,
Atravessei as portas
Da alma...
Lá dentro
Um hino erguia-se mais alto
Com sons de dádiva
E oração...
Um hino à vida,
Uma melodia plena
De odores de amor,
Correndo entre essências,
Que germinam existências,
Num ocaso rubro de ilusões...
Rara visão esta!...
A um canto,
Para lá das portas da alma,
Um caixão coberto de flores
Parecia sozinho...
Porém, na sombra,
Uma velha senhora,
Aparentando ter morrido,
Velava abandonada
Numa cadeira feita de mágoa e dor...
Velava a morte,
Dentro do caixão,
Entre pétalas e espinhos:
Pétalas de amor;
Espinhos de tristeza...
A senhora,
A quem o tempo que passou
Chamou de eternidade,
Parecia não sair dali...
Todavia,
Olhando em redor,
Lá a fui descobrindo,
Um pouco
Em toda a parte!
Já não sofria
No canto da felicidade!...
Ria, dançando,
Ao ritmo vivo da alegria!
Noutro, o da saudade,
Chorava
Rios de suspiros
E lagos de esperança...
Mais além,
No recanto do amor,
Parecia ter dezoito anos
Tal era a orla
Repleta de Emoção...
A manhã passou
Pelos meus lábios
Num sensual beijo
De existir...
E, sem querer,
Descobri,
Nesse momento,
Porque vale a pena
Esperar por amanhã!
Gil Saraiva