Livro de Poesia - Sintra-me: Doce Amor - XXIV
Ribeira de Colares
XLV
"DOCE AMOR"
Na lareira arde, em chamas, o azinho;
Na Serra, a bruma esconde a própria Lua;
Na Praia das Maçãs, a onda sua
Uns salpicos de Mar, que não de vinho...
Na ribeira, em Colares, mais um patinho
Mergulha atrás da uva e, já na rua,
Passa uma turista seminua
Que, por azar, não deu com o caminho...
Inveja a Várzea as árvores do serrado,
Enquanto alguns saloios a cultivam,
Para que os frutos cheguem ao mercado...
Nesta terra, onde Amor e História privam,
Artesanato e vinho, de mãos dadas,
Fazem do Amor as formas das queijadas!
Gil Saraiva