Livro de Poesia - Ântumos Implexos dos Airados: A Osmose Inversa de Um Pranto - VIII
VIII
“A OSMOSE INVERSA DE UM PRANTO”
Olhar
É conhecer-te simples,
Pura, singela.
Olhar
É ver-te sempre
Doce e bela.
Olhar,
Tornar a olhar
Bem para ti…
Pensar… pensar nos olhos
Nos quais vi
Um amor ardente,
Nesse olhar quente.
Num olhar que ama,
Num olhar
Que a mente
Não sabe se engana,
Sabe que não mente!
Olhos
De um sentir futuro,
Olhos
Para colher fervor,
Olhos
De um amor seguro,
Olhos
Do próprio amor.
Olhos
De um ser que amo,
Olhos
Para mim clamo,
Olhos
Que num olhar
De nós dois fazem um par.
Olhos
Que me veem, são os teus,
Olhos
Que quando em pranto,
Fazem chorar os meus!
Gil Saraiva