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Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

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Livro de Poesia - Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra: Ucrânia, Balada dos Escombros à Solta - X

Ucránia, Balada dos Escombros à Solta.jpg                                                 X

 

"UCRÂNIA, BALADA DOS ESCOMBROS À SOLTA”

 

Sob a bandeira azul, amarela,

Ao som das sirenes sob céu estrelado

Vão vindo misseis, fecha-se a janela,

Rebenta com estrondo o chão asfaltado.

Eles vêm com tudo, mancha aguarela,

Cinza, encarnado, cheira a pecado,

Transformam o bairro em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

 

Por toda a Ucrânia há fogo e tiros,

Avançam tanques da frente encarnada,

Por todo o lado parecem vampiros,

Que não dão valor à vida sugada.

Eles vêm com tudo, mancha aguarela,

Cinza, encarnado, cheira a pecado,

Transformam cidade em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

 

E os russos invadem contra os destemidos

Ucranianos só de capa e espada,

Lutam como podem, mas estão unidos,

Ninguém lhes tira a sua terra amada.

Eles vêm com tudo, mancha aguarela,

Cinza, encarnado, cheira a pecado,

Transformam país em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

 

E o velho Putin chafurda no lodo,

Qual novo czar, não conhece lei

E vale mesmo tudo o que seja engodo,

De urso quer ser imperador e rei.

Eles vêm com tudo, mancha aguarela,

Cinza, encarnado, cheira a pecado,

Transformam povo em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

 

Eles vêm com tudo, mancha aguarela,

Cinza, encarnado, cheira a pecado,

Transformam o bairro em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

Transformam cidade em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

Transformam país em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

Transformam povo em pobre favela,

Escombros à solta no cimento armado.

 

Mas o urso velho esqueceu coragem

De um povo unido pela sua terra,

Juram que, por Deus, não há vassalagem,

Perdem a mudez num grito de guerra!

Eles vêm com tudo, mancha aguarela,

Cinza, encarnado, cheira a pecado,

Transformam país em pobre favela,

Mas ninguém segura aquele povo armado!

 

Gil Saraiva

 

 

 

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