Livro de Poesia - Crença em um Fanal na Chona Lôbrega: A Oração do Druida - X
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"A ORAÇÃO DO DRUIDA"
Ó Elementais Deuses do Mundo Conciliar
A vós peço refúgio e amparo
Contra a peste do coronavírus,
Esse bicho que não é planta ou mineral,
Procariota ou animal!
À Deusa Terra, heroica Epona,
a quem no Mediterrâneo
Chamam Gaia, que me dá raízes,
À Deusa Água, Sulis ou Sul, que me mata a sede
E me cura dos males incuráveis,
Ao Deus Fogo, do Sol, grande Belenus,
Que me dá coragem e alumia o meu caminho,
À Deusa do Ar, a Deusa mãe, Dea Matrona,
Deusa a quem também chamamos Vento,
Que me permita respirar e sentir paz,
A todos vós, eu peço o Sortilégio Último
Que me proteja de vírus e doenças,
De maus olhados, da vil inveja,
Dos ruins, dos impuros e das crenças
De quem o mal me quer,
Por pouco que seja.
Aos elementais deuses peço agora
Bem-estar, alegria e fortuna,
Que o vermelho fogo seja o sangue
Que em mim mora,
E me faça forte e não exangue,
Que a roxa luz da neblina púrpura,
Venha já, de imediato e sem demora,
Enxotar dores e sofrimento do meu eu,
E que o duro caminho que é o meu
Seja firme, abençoado e protegido,
Pela flor chamada Cravo, resguardado,
Sem mágoas de dor ou de ofendido.
Que os Deuses escutem o Druida,
E tragam prosperidade
E excitação pelo futuro,
Que acesa a citronela abata o muro
Afastando qualquer negatividade.
Que a papoila me faça feliz,
Bem-humorado e satisfeito,
Senhor de mim, da bruma,
Um ser mais perfeito.
Por este Sortilégio se deseja
Que tudo seja suave como espuma,
Que tudo para sempre
Assim seja!
Gil Saraiva