Livro de Poesia - Díscolas de Runim Iaiá: Sempre Meu - XII
XII
"SEMPRE MEU"
Não quero ser a má da fita, amor.
Não quero ser a vítima afinal.
Não quero ser um fardo ou animal.
Não quero ser a causa de uma dor.
Não quero ser fator destruidor.
Não quero ser razão desse teu mal,
Nem quero ser pecado original
Ou água em que se apague o teu calor.
Eu quero, sim, te ver de novo rindo.
Anseio o teu afago, o teu carinho,
Desejo em teu olhar o brilho lindo,
Quando desse teu colo eu faça ninho.
Não quero ser aquela que perdeu,
Mas apenas que sejas sempre meu!
Ariana Telles