Livro de Poesia - Quimeras de Quimera II: Incerteza
"INCERTEZA"
Eu não fui... jamais disse... nunca eu vim,
Na cruel incerteza de um futuro,
Dizer que te acuso ou te censuro,
Pelo nosso horizonte ir ter um fim!...
Eu não fui tudo aquilo que há em mim;
Eu fui, já mesmo até, por demais duro;
Quem sabe se não fui talvez obscuro
Como uma personagem-folhetim?!...
Mas não vejo eu teus olhos celestiais
O brilho que o amor obriga a ter?
Não! Incerteza... não! Eu quero mais...
Eu quero ser amado e poder crer
Que não nos separamos, pois jamais
Podemos separados nós viver!...
Gil Saraiva