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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia - Os Anexins de um Vate Sólito: Talvez Nem Se Aperceba - XXV

Talvez Nem Se Aperceba.jpg                        XXV

 

"TALVEZ NEM SE APERCEBA"

 

Na sua faina ele vai para o trabalho,

Todos os dias, sem poder saber,

Que está numa prisão feita sofrer,

Que uma vida triste é mero atalho

 

De marionete, jogo ou espantalho.

Trabalha, sem saber o que é viver,

Pois não pode o coitado escolher

Livremente deixar de ser cascalho.

 

De um berço popular ele brotou

E jamais saberá que um rico a rir

Se deve ao seu trabalho, ao seu sentir.

 

Tem a sina que o mundo lhe guardou.

Morrer a trabalhar. E esse plebeu

Talvez nem se aperceba que morreu…

 

Gil Saraiva

 

 

 

Livro de Poesia: Achas de um Vagabundo - Quem...

Quem.jpg

"QUEM..."

 

Quem

Tem na esperança

O sussurrar cálido das marés?

 

Quem

Encontra no próprio reflexo a alegria

De vivo se sentir com confiança?

 

Quem

Procura sempre um amor

Sem temer ou mesmo desistir...?

 

Quem

Sabe que o impossível apenas demora

Mais tempo?

 

Quem

Sente o nascer do Sol

No crepúsculo insustentável da madrugada?

 

Quem

Jura que a palavra é só uma,

E uma apenas?

 

Um só alguém!...

E esse quem

Não tem o que temer,

Por que tremer,

Pois brilha mais alto,

Mais forte e mais além...!

 

E luta, como luta mais ninguém,

Mesmo na mais temível escuridão,

Acabando por encontrar, por conquistar,

E por sorrir, enfim, ao ver no espelho

A imagem refletora de um futuro

Que em cada segundo se torna presente...!

Que em cada impresente renasce em saudade!...

 

Assim...

Todos saberão conhecer o tal de quem,

Que no sussurrar ameno das marés,

Completará um próximo devir,

Com a forma simples de um sorrir...

 

Mas será realmente que esse quem,

Com a imatemática clareza dos sentidos,

Sente, o amor, sem incerteza?

Mesmo sem temer ou desistir?

Talvez...

 

Quantos ou quantas acharão sinais

E por engano se julgarão escolhidos?

Só quem acreditar que jamais

A ilógica absurda, de um tão grande amor,

Poderia servir de engodo vil

Ganhará a glória terminal!

 

E esse alguém terá...

No sussurrar cálido das marés,

Na alegria de vivo se sentir,

Na procura impossível sem temer,

No crepúsculo insustentável da madrugada,

No brilho mais alto, mais forte, mais além,

Na busca perdida pelos Limbos,

E na mais temível escuridão,

A taça da vitória conquistada,

A certeza de saber que o quem

É ele ou ela e mais ninguém!

 

Para mim,

Apenas importa esse meu quem!

E espero meu amor, querida, meu bem,

Que a taça seja eu e ela tua,

Tal como o infinito é mais além,

Tal como da Terra satélite é a Lua...

 

E só assim,

Por fim,

Na forma de um sorriso, feito belo,

O meu quem se refletirá da cara nua,

Por provir simples, franco, singelo,

Desse amado rosto, dessa face tua!

 

Gil Saraiva

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