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Estro

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Estro do meu ego guarda a minha poesia, sem preocupações de forma ou conteúdo, apenas narrativas do que me constitui...

Livro de Poesia: Portaló - Parte II - Portaló - VIII - Quarto, com Vistas

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              VIII

 

“QUARTO, COM VISTAS”

 

Aqui em Portaló cada espaço

Tem seu nome,

Cada quarto é um abraço,

Se usa “meu” como pronome…

 

Quartos com identidade

Onde a chama se conquista

Com vigor, tenacidade,

Sem que ninguém lhe resista…

 

Aqui belo é felicidade

Nestes “meus” quartos com vista….

 

Seja Fernão Capelo Gaivota

Ou O Velho e o Mar,

O sentir é patriota

De quem por aqui passar…

 

Ficar em Eva Luna

A pernoitar,

Robson Crusoé,

Lobo do Mar,

Pequeno Príncipe

Ou O Alquimista,

Num sorriso bem risonho

Cada quarto é egoísta,

Cada momento é um sonho…

 

No nosso quarto, chalé,

Sua história vira nossa,

Ele passa a guardar memórias,

Primeiro em rodapé,

Dos êxtases e das vitórias

Dos teus orgasmos, dos risos,

Do meu gozo, dos sorrisos,

Dos acordares, das glórias

De dois amares consumados,

De quem, por amor, se entrega,

Num frenesim de conquistas,

Entre toques encantados,

Em luar que não sossega

Nossas ações mais ariscas

Dos corpos entusiasmados…

 

E quando, um dia, velhinhos,

Recordarmos as origens

Destes momentos alados,

Envoltos em novos ninhos,

Ah, não será com vertigens,

Que sentiremos, que amados,

Fomos bem mais que turistas

Naquele quarto, com vistas…

 

Gil Saraiva

 

* Parte I I - Portaló ou o Sortilégio do Paraíso

Livro de Poesia: Achas de um Vagabundo - Introdução

Achas para um Vagabundo.jpg

Introdução

Decorria o ano de 2003, já lá vai um longo tempo, quando este livro foi pela primeira vez alinhavado. Nem todos os poemas aqui incluídos datam exatamente dessa altura exata, alguns deles tiveram origem nos primeiros anos do terceiro milénio, não porque essa mudança fosse a mais importante, nada disso, apenas porque coincidiu com o meu primeiro divórcio, depois de um casamento de 17 anos, uma filha, um filho e uma vivência ímpar e indescritível na história deste que vos escreve.

Foram anos muito felizes na minha vida, feitos de grandes vitórias, momentos amargos, lutas titânicas e episódios de paixão deveras arrebatadores. Porém, se o amor se extingue de um dos lados do casal, e passa, quase sem se dar por isso, a apelidar de rotina ou status quo, é sinal de que algo chegou ao fim, por muito que uma das partes não o considere.

A nova batalha, nos anos seguintes, gerou uma enorme revolução dentro de mim. De súbito, sem estar preparado, tinha de reaprender a viver sozinho, era necessário mudar de terra, de trabalho, de vida enfim. Tudo para conseguir sobreviver com a sanidade o mais intacta possível, sem estar sempre a recordar o que, ao tempo, não precisava mesmo de ser relembrado, para que o meu ego evitasse cair em depressão ou até em algo mais sinistro. Era necessária uma dose de otimismo, de bom humor e da procura de um novo rumo. Foi o que fiz.

Gil Saraiva

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